DESESPERO
DESESPERO
Perguntei, nos instantes
Em que os olhos dos pais fogem do olhar dos filhos,
E em que os olhos dos reis pairam, absortos,
Sobre as cabeças curvadas dos povos.
Mas os deuses
Fitavam perplexos a eternidade e a morte.
E, em todos os instantes,
O silêncio era denso,
E apenas a vontade inconsciente
Comandava os gestos.
E eu nem sequer chorei!
(ZSF/SP-6 e 7/11/1961)
Perguntei, nos instantes
Em que os olhos dos pais fogem do olhar dos filhos,
E em que os olhos dos reis pairam, absortos,
Sobre as cabeças curvadas dos povos.
Mas os deuses
Fitavam perplexos a eternidade e a morte.
E, em todos os instantes,
O silêncio era denso,
E apenas a vontade inconsciente
Comandava os gestos.
E eu nem sequer chorei!
(ZSF/SP-6 e 7/11/1961)