PERIGO
PERIGO
O fruto está muito amargo!
Aceito a angústia que impulsiona
E constrói sobre brasas extintas.
Mas, se desconheço o caminho
Por onde me arrasta,
E se destróis certezas conquistadas
Em árduas batalhas –
Eu sinto medo.
(Quanto medo!
E quanta repugnância!
Pergunte ao pequeno Diabo Verde
Que, como um macaco pelado,
Subia pelos cantos do meu guarda-roupa!
- E o meu quebra-luz
Negou-se a iluminar meu quarto!)
O fruto está muito amargo.
Eu não sei quem avisar:
Há dois trens contrários, na mesma linha,
E eu nada posso fazer.
EU estarei fora do desastre –
Mas a quem devo avisar
Que o fruto está muito amargo?
(ZSF/SP-18/08/61)
O fruto está muito amargo!
Aceito a angústia que impulsiona
E constrói sobre brasas extintas.
Mas, se desconheço o caminho
Por onde me arrasta,
E se destróis certezas conquistadas
Em árduas batalhas –
Eu sinto medo.
(Quanto medo!
E quanta repugnância!
Pergunte ao pequeno Diabo Verde
Que, como um macaco pelado,
Subia pelos cantos do meu guarda-roupa!
- E o meu quebra-luz
Negou-se a iluminar meu quarto!)
O fruto está muito amargo.
Eu não sei quem avisar:
Há dois trens contrários, na mesma linha,
E eu nada posso fazer.
EU estarei fora do desastre –
Mas a quem devo avisar
Que o fruto está muito amargo?
(ZSF/SP-18/08/61)