DESESPERO
DESESPERO
Perguntei, nos instantes
Em que os olhos dos pais fogem do olhar dos filhos,
E em que os olhos dos reis pairam, absortos,
Sobre as cabeças curvadas dos povos.
Mas os deuses
Fitavam perplexos a eternidade e a morte.
E, em todos os instantes,
O silêncio era denso,
E apenas a vontade inconsciente
Comandava os gestos.
E eu nem sequer chorei!
(ZSF/SP-6 e 7/11/1961)
Perguntei, nos instantes
Em que os olhos dos pais fogem do olhar dos filhos,
E em que os olhos dos reis pairam, absortos,
Sobre as cabeças curvadas dos povos.
Mas os deuses
Fitavam perplexos a eternidade e a morte.
E, em todos os instantes,
O silêncio era denso,
E apenas a vontade inconsciente
Comandava os gestos.
E eu nem sequer chorei!
(ZSF/SP-6 e 7/11/1961)
5 Comments:
Eis porque sempre te admirei.
Perfeito
bjs
A amplitude do olhar
enxerga coisas imprevisiveis:
este, talvez, o desespero!
Des-espero ...
Só existe quando não há mais esperança ...
"... os olhos dos pais fogem do olhar dos filhos..." Zuleica, não fogem não, mudam de perspectiva. Filhos são nossos tesouros e precisamos deixá-los viver. São nossos mais queridos amigos!!
Aiiiiiiiiii Jorge... como sempre botando o dedo na moleira!!!!!!!!!!!
Postar um comentário
<< Home