PERIGO
PERIGO
O fruto está muito amargo!
Aceito a angústia que impulsiona
E constrói sobre brasas extintas.
Mas, se desconheço o caminho
Por onde me arrasta,
E se destróis certezas conquistadas
Em árduas batalhas –
Eu sinto medo.
(Quanto medo!
E quanta repugnância!
Pergunte ao pequeno Diabo Verde
Que, como um macaco pelado,
Subia pelos cantos do meu guarda-roupa!
- E o meu quebra-luz
Negou-se a iluminar meu quarto!)
O fruto está muito amargo.
Eu não sei quem avisar:
Há dois trens contrários, na mesma linha,
E eu nada posso fazer.
EU estarei fora do desastre –
Mas a quem devo avisar
Que o fruto está muito amargo?
(ZSF/SP-18/08/61)
O fruto está muito amargo!
Aceito a angústia que impulsiona
E constrói sobre brasas extintas.
Mas, se desconheço o caminho
Por onde me arrasta,
E se destróis certezas conquistadas
Em árduas batalhas –
Eu sinto medo.
(Quanto medo!
E quanta repugnância!
Pergunte ao pequeno Diabo Verde
Que, como um macaco pelado,
Subia pelos cantos do meu guarda-roupa!
- E o meu quebra-luz
Negou-se a iluminar meu quarto!)
O fruto está muito amargo.
Eu não sei quem avisar:
Há dois trens contrários, na mesma linha,
E eu nada posso fazer.
EU estarei fora do desastre –
Mas a quem devo avisar
Que o fruto está muito amargo?
(ZSF/SP-18/08/61)
7 Comments:
Muuuuuuuito feliz em te reencontrar!
Encheu meu coração de alegria.
bjs
QAEMES,
Uma poesia tão amarga logo em seguida de outra tão doce...
Interessante as suas escolhas.
Essa é a vida, uns dias chove noutros dias bate sol...
Penso que estamos sempre envolvidos queiramos ou não, tenhamos ou não a possibilidade.
As vezes só nos resta ausentar-nos..
Mas quem sabe amanhã tenhamos uma doce escolha sua que nos permita sonhar ao invés de termos pesadelos.
Beijos
Rô
Querida Zuzú,
Só mais uma coisa: enquanto alguns o acham amargo, há que não pense assim. Essa é a vida. Uns sofrem e outros se deleitam..
Portanto,infelizmente nào há o que e nem a quem avisar.
Beijos
Rô
Que difícil comentar! Fiquei meditativa.
Ainda prefiro sentir o odor das violetas e imaginar o sorriso da menina feia...
Acho que posso escolher como prefiro viver...
Concordo com a Glaura... O que eu estava e ando pensando depois da morte de minha irmã é que mesmo o 'dia' estando amargo, precisamos olhar por detrás da amargura e lembrar as 'violetas'... Amargura gera amargura - violetas geram perfume - fico com as violetas...
Como disse a Udi, difícil comentar.
Medo: Difícil também assumir que se sente.
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