segunda-feira, julho 23, 2007

À ESPERA

À ESPERA

(A Cassiano Ricardo)

A noite sobre mim esvazia seu mundo
De treva e de agonia.
Espero.
E essa esperança
Destrói as minhas fibras uma a uma.

Se um dia o desespero me salvar,
E o Senhor
Aceitar-me sem fé,
Como ao suicida louco,
Então terei ganho a partida contra a noite
E a tarântula doida
Que traça em meus olhos
Medonhos e grotescos círculos de espera.

(ZSF/Cravinhos - 22/11/1964/1965)

3 Comments:

Blogger Jorge Lemos said...

Zuleika
Passei por aqui para deixar a minha admiração por vc.
Linda poesia

12:17 PM  
Blogger Udi said...

Valeu a espera? Eu acredito que sim.

5:02 PM  
Blogger Walmir Lima said...

Que bela série - tua reminiscência!
A eterna arte de quem sabe o poder de mestre.
Me encanto com tua obra e, humildemente, me espelho.

4:50 PM  

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