AQUELAS PALAVRAS DE ONTEM
AQUELAS PALAVRAS DE ONTEM
Aquelas palavras de ontem...
Pensei que estivessem mortas
E voltam a induzir fontes e vulcões!
Aquelas palavras de ontem
Voltam a enfraquecer as articulações
Do corpo e da alma
E desmantelam todas as promessas
De equilíbrio e paz.
Aquelas palavras de ontem
- Que eu não quis ouvir nem dizer,
E que gritaram com todas as forças
da contenção -
Voltam a trazer lobos sob a minha janela.
Aquelas palavras de ontem voltam
Para dialogar comigo só,
E me lembrar de que estou viva!
E tenho que sentir todo o medo
Que couber no meu silêncio!
(ZSF/SP - 1968)
Aquelas palavras de ontem...
Pensei que estivessem mortas
E voltam a induzir fontes e vulcões!
Aquelas palavras de ontem
Voltam a enfraquecer as articulações
Do corpo e da alma
E desmantelam todas as promessas
De equilíbrio e paz.
Aquelas palavras de ontem
- Que eu não quis ouvir nem dizer,
E que gritaram com todas as forças
da contenção -
Voltam a trazer lobos sob a minha janela.
Aquelas palavras de ontem voltam
Para dialogar comigo só,
E me lembrar de que estou viva!
E tenho que sentir todo o medo
Que couber no meu silêncio!
(ZSF/SP - 1968)
4 Comments:
Estes nossos blogueiros amigos me chamam de bruxa, mas ahhhhhhhhhhhh Zuleica, você não fica atrás. Este teu poema, escrito em 1968, cabe como uma luva na minha vida de hoje, 2007. Cabe nos poemas publicados lá no Jorge... Cabe no último post do Flávio... Como diz o Flávio: "Que sincronicidade" perambula por estes espaços...
Um abração e um grande beijo
Anne
E neste meu silêncio não cabe medo, é simplesmente um silêncio de respeito e admiração pela magia que você é capaz de fazer com as palavras.
beijo carinhoso
Derrubou todos os tratados sobre casamentos que foram para o brejo. Genial.
Não...Elas não morrem Zuleica. Ouço ainda seu murmurar em mim, despertando desejos, marcando ausências. E me deixam sempre assim em rigoroso silêncio.
Silencio em tua mágica.
Obrigada.
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