MORTE PREMATURA
MORTE PREMATURA
Ai! esta hora de dor,
Em que todas as coisas fogem
Para dentro de mim
E apenas a vertigem fica nos meus olhos!
Ai!
Esta abominável hora do terror:
Da certeza da covardia.
Em algum canto da minha alma (cega e coxa)
Meu pai morre todos os dias.
Há morte na estrela, há morte no sol,
Há morte sobre as colheitas nem maduras!
Adolescentes morrem sob os nossos olhos
Na sala de aula.
Eu não encontro mentira alguma
Que compense a morte.
Esperança! Esperança!
Onde posso encontrar chaves
Para dar aos meus filhos?
(ZSF/ SP-12/1965- 01/1966)
Ai! esta hora de dor,
Em que todas as coisas fogem
Para dentro de mim
E apenas a vertigem fica nos meus olhos!
Ai!
Esta abominável hora do terror:
Da certeza da covardia.
Em algum canto da minha alma (cega e coxa)
Meu pai morre todos os dias.
Há morte na estrela, há morte no sol,
Há morte sobre as colheitas nem maduras!
Adolescentes morrem sob os nossos olhos
Na sala de aula.
Eu não encontro mentira alguma
Que compense a morte.
Esperança! Esperança!
Onde posso encontrar chaves
Para dar aos meus filhos?
(ZSF/ SP-12/1965- 01/1966)
9 Comments:
Diga-lhes que não existe a vida sem a morte ...
E nem morte sem ter vivido...
QAEMES:
Queremos proteger os "nossos" e dar-lhes as chaves, mas essas, quando se encaixam, só são encontradas por quem as busca.
Mas,como sofremos...como sofremos!
Um beijo
Rô
Curioso, Zuleica! Hoje, ambos tocamos nesse tema ao mesmo tempo.
Mas não é a morte que nos atormenta: é a vontade de viver muito mais e a certeza de que não podemos, como tudo à volta.
Por isso, a cada dia, estou ousando mais.
Que mais você poderia oferecer a eles além dessa capacidade imensa de expressar o que sente? Se você consegue contar prá gente dessa forma tão clara essas tuas angústias, imagina como não deve ter expressado o amor que sente por eles?
Zuleica:
Obrigado pela carinhosa acolhida em sua casa. Foi uma tarde muito agradável.
E não sei o que decidiu dizer aos filhos nos idos de 67, mas a julgar pelos filhos e netos que a cercavam hoje, você se saiu muitíssimo bem...
Zuleica,
Compartilho o agradecimento do Ernesto!
Voltei cheia de vida pra casa, com aquela sensação boa de ter rido e conversado na medida em que a alma agradece.
Abraços,
Amanda
Uma tarde cálida, uma acolhida quente, a falta dos ausentes e o gostinho de 'quero voltar' pra fazer tudo de novo, agora com todo mundo junto.
Grato por nos proporcionar essa gostosa sensação de calor do ninho aconchegante. Me senti em casa - A gente sempre quer voltar ao lugar onde se sentiu bem.
Um beijo a todos e, em especial, aos membros de sua família, que nos receberam tão bem.
E permita que vivam enquanto não estiverem mortos...
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