segunda-feira, fevereiro 05, 2007

OBRIGADA, MEU PAI

OBRIGADA, MEU PAI

Obrigada, meu Pai, por permitir
Que eu fosse odiada assim... como se eu fosse forte!
E devesse ser temida. E tivesse poder.
Foi lisonjeiro, Senhor!
Mas ( perdoe-me a ironia ),
Tanto doeu,
Que eu não quero ser mais eu.

(ZSF/SP - julho/1987)

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Zuleika, adorei o poema... Aqui tem uma contribuição ao tema...
Abraços
Anne

Meu pai
sempre tentava
dar respostas
para tudo:
Falava pausado,
educadamente.
Dele nada herdei,
senão,
as sobrancelhas
arqueadas
e a vontade
de entender
o mundo
Belvedere

11:42 AM  
Blogger Ernesto Dias Jr. said...

Lindo Zuleica. Obrigado por daz voz ao nosso cansaço.

1:32 AM  
Anonymous Anônimo said...

Zuleica,
Obrigada pela visita... Gosto sempre de ler as tuas poesias...
Abraços

2:43 PM  

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