São Sebastião
SÃO SEBASTIÃO
Eu desejo o teu mar
Com seus ventos profundos
A me trazer consolo do quanto não fiz.
Eu desejo a teia da tua areia
A beliscar meus pés, feliz!
Eu desejo teu céu
De coloridos cantos
A receber a irreverência do teu mar.
Eu quero cantar! Cantar!
Mesmo que junto à fímbria do teu manto
Sejam indiferentes
Minha canção ou meu pranto:
O canto do mar emudece
A dor e o prazer!
Mas continuo querendo querer!
( ZSF/SP - agosto/1988)
3 Comments:
Mãe, onde se escondiam essas que eu não conhecia?!
É ... inclusive essa tal de fímbria que eu nunca ví por lá ...
É assim mesmo Zuleica:
O destino do poeta
é ver no limite uma fimbria
onde os outros vêem só
uma prosaica bainha.
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