segunda-feira, janeiro 29, 2007

SE?...

SE?...



Qual teria sido
O alcance do meu vôo
Se?...

Qual teria sido
A montanha ou a praia
Do meu pouso -
Do meu repouso -
Se?...

E os espaços conquistados
Aos sonhos e às esperanças?
Qual teria sido a dor?

Qual teria sido
O meu amor?

Eu sei qual foi o tamanho
Da minha fome inextinta.
Eu sei qual é
O peso da minha angústia
E as amarras da minha alma.
Imagino qual será
A razão do meu cantar.

Porém...
Qual teria sido
A paisagem do meu lar?


(ZSF/SP - 06/06/1984-1988)

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

independente das razões desse enorme "se?", penso que vale mais louvar os resultados do que foi realizado (passados tantos anos desde que o poema foi escrito, imagino que você tenda a concordar comigo, nénão?)

10:04 AM  
Blogger Ernesto Dias Jr. said...

Gostei muito desta. Não tenho comentado, mas lido tudo o que você publica, Zu.

12:05 PM  
Anonymous Anônimo said...

Querida amada e mui estimada sogra,

Somente as nossas fantasias nos permitem infinitas existências.
Nossa vida é uma só.
As possibilidades concretas são finitas, as fantasias é que nos permitem sonhar o infinito e o imortal.
Um beijo

9:58 AM  

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