SONETO IV
Obra - "NÓS", de Guilherme de Almeida
Mas não passou sem nuvem de tristeza
esse amor que era toda a tua vida,
em que eu tinha a existência resumida
e a viva chama de minha alma, acesa.
Nem lemos sem vislumbre de incerteza
a página do amor, lida e relida,
mas pouquíssimas vezes entendida,
sempre cheia de engano e de surpresa
Não. Quantas vezes ocultei a minha
dôr num sorriso! Quanta vez sentiste
parar, medroso, o coração de gelo!
- É que nossa alma às vezes adivinha
que perder um amor não é tão triste
como pensar que havemos de perde-lo.
Mas não passou sem nuvem de tristeza
esse amor que era toda a tua vida,
em que eu tinha a existência resumida
e a viva chama de minha alma, acesa.
Nem lemos sem vislumbre de incerteza
a página do amor, lida e relida,
mas pouquíssimas vezes entendida,
sempre cheia de engano e de surpresa
Não. Quantas vezes ocultei a minha
dôr num sorriso! Quanta vez sentiste
parar, medroso, o coração de gelo!
- É que nossa alma às vezes adivinha
que perder um amor não é tão triste
como pensar que havemos de perde-lo.
3 Comments:
Adoro sonetos. E esse, que não conhecia, é particularmente bonito.
Abraço, amiga.
Linnnnnnnnnnnndo!
"É que nossa alma às vezes adivinha
que perder um amor não é tão triste
como pensar que havemos de perde-lo."
Êta coisa bem verdadeira... O soneto é do Gui? Ou teu?
Parabéns aos dois. Adorei.
Anne, o soneto é de Guilherme de Almeida. Abraços. Zuleica.
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