Chamado Geral!

CHAMADO GERAL!


Quanto tempo terei para, novamente,
A Fontana de Trevi?
E, depois, a muralha da China?
Para as noites de Moscou!
E Austrália que não mais chama
Nenhuma mulher (nem eu)?
E as cerejeiras do Japão que me deu
As amigas queridas que nunca mais eu vi?
Satiko! Tomiko!
Chamado geral!
Chamado geral!
Os radioamadores estão surdos.
EU ESTOU AQUI!

Japão, China, Israel,
Armênia, Turquia, Portugal,
Meninas do Brasil quatrocentão
Que, a contragosto, com as de pele colorida...
As belas peles coloridas pelo sol
De países diferentes mundo afora!
Nunca mais!
Minhas saudades me empurram
Para as terras dos seus ancestrais!

Terei tempo, ainda,
Para os encontros que eu quero?
Espero?
Quarta C – Liga das Nações!
E amigos que me ajudaram
E nem sei onde estarão!
Vocês sabem quem são!
Escrevam, por favor!
Não fica bem divulgar e-mail na poesia?
Ah! Bem que eu queria!
Se estou aqui a chamar!...

Há pouco tempo para eu partir;
Talvez, nem haja tempo mais para chegar!

(ZSF/SP - outubro/2002)